1 de fev. de 2012
Não raro, e por ser espesso, parecia que os pelos de meu corpo configuravam na boca loba da noite uma existência anônima. Estrangeira a mim mesmo. Ocasionalmente ainda, sugavam as seivas até acobertar sentidos, voz, fomes. Rugiam seu serpentino rastejar. Crespavam meus lisos polimentos de gente. Me irmanavam com a noite e seu semeado brilho. Agora, estou muito próximo ao chão. É o faro. O farol da hora mais escura da madrugada. Toda a casa dá-se em silêncio como se ali passasse um santo. Talvez fosse. Soltei o bafo jocoso e bastei num costume quadrúpede. Desde cedo soube:ele crescia capilar. Havia um cão atrás de mim.
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