30 de jan. de 2012

Me faça um favor;
quando se for
não esqueça a saudade num copo
sobre a mesa.
Não tire nada do lugar.
Não arrume.
Não deixe a casa vazia.
Quero o tropeço das lembranças
espalhadas por aí.
Talvez eu lhe encontre assim,
nas frestas
da noite passada,
na chuva corrida lá fora.
Em tudo o que eu não dormia
Me faça um favor,
quando for embora,
sem mais demora,
deixe que me acordem as horas,
Mas não apague a luz
do dia.

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