4 de dez. de 2011

Invento um tempo:
Imprecisão, cisão de mim entre as coisas.
Há uma xícara no que vejo, 
ou imagino ver?
Mas, que é que vejo? 
Que é essa coisa que transita entre a realidade objetal da xícara e esse outro lado que não é nada, mas que também nada traduz? 
A xícara para além da xícara! 
Fumaça inconclusa do querer dizer.
Desespero inanimado das coisas vistas e sentidas em sua intimidade inventada;
minha intimidade na aspereza  do mundo.
Que há nesse fundo?
Ah... querer é poder.
Mas não diz muito.

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