13 de jan. de 2012

Exariu-me até a demência. Até a falência de todos os meus ossos e carnes. De vivo, só a automação orgânica de intestino, rins, vísceras. Heranças da espécie. De resto, nada além do que expelia: suor, gosmas, alma...
Demente e chupado por todos os lados. Casulo e mortalha da saliva. Tudo em mim murchava. Cansaço e gozo. Tudo nela, fartura. Corpo vigoroso. Manto adiposo desposado. Veia latente e a vida exuberante que ela me cuspia em risos. e, ainda assim, fragilidade fortuita. Intimidade celular de minhas essências nela. Rastro de gametas que lhe invadia dentro. 

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