24 de jan. de 2012

Pensei o que sobra de nosso no interior dos anos. Consegui juntar apenas um punhado da cidade, a qual passara tantas vezes de menino, até agora. Toda carregada em cor, tempo fresco, passos entardecidos. Nada mais lembrei. E mais amiúde, quase nada senti. O calor das coisas específicas (rostos familiares, fatos marcantes e mesmo eu infantilizado), trazia um fôlego escasso e enfadonho. Caminhei minha incólume presença nas pessoas, cheiros e de lá sumi aos poucos. Escuro. Vazio. Corpo sem volume algum. E sei; o lume que guiava os olhos até o chão, também cegava se bem quisesse mirar risos, flertes, vozes espirradas nas paredes. Tive fé; era eu o desatino em pé aos pés da tarde. Em cada passo segui a segurança de já saber os lugares e seus atributos. Marginal de tudo. Anônimo. Inominado. À noite, o mel lembrara o que já era tarde: Nuvens caíam sem tocar os chãos. Pássaros sumiam sem mais onde.

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