12 de jan. de 2012

O quarto, a essa altura, era um espaço de exilado silêncio. 
Enquanto não houvesse manhã no gesto, nada despertava a santidade exata das coisas: a xícara era a xícara sem café e sem saliva em sua borda; a torneira talvez pingasse o descuido secular da noite anterior, nem mesmo havia nome no nome da maçã. Sublimação conjunta de nadas, tudo era duração, permanência livre de minha incauta divagação e a mania boba de tirar o descanso do mundo.
Mordi e poderia ser tudo, menos maçã Talvez o velho cachimbo de Magritte...

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